Archive for maio 2016

Jogral do Dia das Mães (05/16)



O grupo homenageou todas as mães da Igreja com um Jogral preparado pela integrante Elizabeth Lemar. O texto fala do amor e do cuidado que as mães têm por seus filhos, expressando gratidão e admiração por este privilégio.

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É Preciso Evangelizar!


"E disse-lhes: Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura." (Mc 16:15)

Andando pelas ruas, encontramos um grupo de pessoas alegres, cantando, dançando e distribuindo panfletos às pessoas que passavam. Algumas paravam para ouvir as músicas, outras simplesmente ignoravam, davam a volta pelo outro lado. Eles trajavam vestes com grandes estampas no peito que diziam: "Jesus Cristo é a Salvação". Todos tinham sua Bíblia e seus panfletos, realmente pareciam preparados para aquela investida. Ficaram um bom tempo andando pelas ruas do bairro; paravam nas praças e nas lojas, abordavam o máximo de pessoas possíveis. Pareciam comprometidos com aquele trabalho, certos do que tinham que fazer. Estavam cumprindo uma tarefa, uma ordem.

Ao ler o pequeno texto acima, certamente o leitor tentou imaginar a cena. Quando falamos na palavra "evangelismo", essa cena é rapidamente mostrada diante de nós como se fosse um padrão. Entretanto, será que existe um padrão para o evangelismo? Será que evangelizar é fazer algo como o que o trecho acima apresenta?

A Demanda dos Dias Atuais

Vivemos em um mundo que se move com as novidades, com a tecnologia e com a correria. O planeta parece girar mais rápido a cada dia, mesmo que nosso relógio conte as mesmas 24 horas. As pessoas estão sempre correndo, não como fugindo de algo, mas como se estivessem em busca de alguma coisa. Parecem nunca alcançar. Nesse turbilhão estamos nós: parados, olhando, pensando no que fazer. Será que as pessoas tem tempo para ouvir? Vão me escutar? "O que foi?" - diz um cidadão vestido com um terno ao ser abordado por um evangelista. Que importância ele dará para as palavras desse evangelista?

O mundo mudou. Na época de Paulo, o evangelismo boca a boca era popular. A Bíblia fala sobre Atenas, capital da Grécia, um lugar cujos habitantes são descritos de uma maneira interessante: "todos os atenienses, como também os estrangeiros que ali residiam, de nenhuma outra coisa se ocupavam senão de contar ou de ouvir a última novidade." (At 17:21). Estavam a deriva, de molho; um estrangeiro pregando sobre o Deus que enviou seu Filho para resgatar a humanidade parece um papo atraente. "Queremos ouvi-lo!" - diziam os Atenienses. E hoje? Existe alguém que acha a redenção da humanidade um papo interessante? A demanda mudou, os tempos são outros; mas a carência da Graça de Deus é a mesma.

Se a carência é a mesma, então a mensagem não pode ser outra. Sendo assim, o que devemos moldar? Ah sim, os métodos! Nem todos estão dispostos a pararem para ouvir; não naquele momento quando você está disposto a falar. Como lidar com isso? Com estratégias. Temos uma grande missão, como nossos irmãos da igreja primitiva tinham. O terreno mudou, e isso requer uma nova estratégia! Como vamos agir? Onde atacar? É importante termos a consciência e a visão de que o mundo tem uma nova demanda. Isso requer de nós métodos mais eficazes, mais dedicação e mais força.

A Mensagem

"Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos pregasse outro evangelho além do que já vos pregamos, seja anátema." (Gl 1:9). Não, a mensagem não mudou. Não temos que pregar outra mensagem, outro Jesus, outro Evangelho. A mesma água pode encher vasilhas diferentes, a mesma mensagem deve ser entregue em épocas diferentes. As vasilhas mudam, mas a água não. O Evangelho não envelhece, não torna-se mito, não se transforma em história; ele está aqui! A Palavra vive, a mensagem da Salvação permanece. O Cordeiro que foi morto pelos nossos pecados, ressuscitou e hoje vive. Jesus, Filho único de Deus, o Messias. Ele é a mensagem! Ele é a razão de estarmos aqui. Se Ele vive a mensagem vive; se Ele reina, a Palavra reina; se Ele salva, pregaremos a mensagem de sua salvação. Isso nos foi confiado com uma ordem; não uma ordem de escravidão, mas de amor. Somos como postes de luz: compartilhamos da energia com todos os outros. Isso é um ato de amor, nunca de escravidão.

A mesma mensagem de modos diferentes. A demanda do mundo por Salvação permanece, mas como comunicar essa salvação? "Não necessitam de médico os sãos, mas sim os enfermos." (Mt 9:12). O médico é Cristo Jesus, nós temos a tarefe de levar o médico dos médicos aos doentes, cansados, oprimidos. Para chegar onde eles estão, não precisamos de uma mensagem mais atraente, mais "atualizada", mas sim de um plano, uma estratégia que nos fará levar a mensagem aos perdidos.

Todos somos Evangelistas

Antônio tem 35 anos, é um evangelista. Aline, com apenas 13 anos, é uma Evangelista. Márcio é entregador de pizza, é um evangelista. Lucia e seu marido Alberto são donos de um mercado, ambos são evangelistas. E você? Quantos anos tem? O que faz? Se você crê em Jesus Cristo, então é um evangelista. Compartilhe o amor de Deus com outros! "Mas como farei isso?" - é uma pergunta interessante.

Que tal começar usando os meios mais simples? Imagens, frases, palavras, músicas, filmes, cartas, convites. Tudo pode ser útil para um evangelista! Faça com que as pessoas vejam a Cristo através de você. Nenhum evangelista pode deixar seu testemunho de lado. Pessoas tristes não fazem propagandas de coisas que deveriam deixá-las felizes. Devemos viver aquilo que pregamos! Sua vida é o reflexo de Deus; então deixe-o brilhar através de você. Não existe melhor evangelismo do que esse, não existe melhor forma de compartilhar o evangelho senão com atos concretos. Ajude, apoie, console, santifique-se. As pessoas veem isso. Talvez não ouçam suas palavras, mas não podem ignorar sua vida, não podem ignorar suas atitudes. Deus nos escolheu para brilharmos sob a perfeita luz de Cristo que nos faz luz do mundo, que nos faz Igreja, farol para os navios que se afundam na escuridão das trevas que pairam sobre o mundo.

Jesus Cristo nos confiou o recado da salvação. Nenhum carteiro jamais segurou em suas mãos algo tão precioso. Nenhum mensageiro jamais portou uma mensagem tão gloriosa. Deus então deixou-a a nós, para a divulgássemos.

"Ide por todo mundo", pelas valas, pelos caminhos tortuosos, por estradas de terra e asfalto, por caminhos iluminados e escuros, por lugares de abundância e de escassez.

"Pregai o Evangelho", a mensagem, a Salvação, o amor de Deus manifestado em Jesus Cristo, que na cruz entregou seu espírito ao Pai, morrendo para nos salvar. Ao terceiro dia, ressuscitou, para nossa justificação, subindo aos céus e assentando-se à desta do Pai, de onde há de vir para julgar vivos e mortos.

"A toda criatura", sem acepção, sem contenda, sem parcialidade, a todos: grandes ou pequenos, fortes ou fracos, ricos ou pobres, independente de cor, de idade, de sexo, de nacionalidade. A todos!

"Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos." (Mt 28:19,20).

Que Deus nos abençoe a cumprir nossa missão!

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■ Publicado originalmente em 22, de Janeiro de 2014, por Rafael Nogueira.


 

Cristãos Podem se Envolver com o Carnaval?


Uma das festas populares mais conhecidas do mundo é o Carnaval brasileiro. Por vários dias as pessoas se juntam em blocos, concentrações, desfiles e pequenos pontos de agrupamentos, como praças e bares. Porém, longe de ser mais uma típica festividade popular, o Carnaval se mostra trágico e fatal para a vida de pessoas, tanto fisicamente, quanto espiritualmente. Será que devemos nos envolver com essa festa? Os cristãos podem participar? O que a Bíblia diz sobre esse tema? É o que veremos nesse estudo.

O que Realmente é o Carnaval?

A palavra carnaval vem do latim ‘carnivales’ e significa, basicamente, festa da carne. Tem origens na religião Católica, onde se conserva por tradição uma festa pagã onde a satisfação da carne era liberada. Era seguido por longos períodos de jejum e de rituais para a ‘purificação’ dos carnavalescos.

Para nós, no entanto, a origem dele e a forma que tomou durante a idade média pouco importa; o que realmente devemos observar é a forma como ele se apresenta hoje. O que o carnaval propõe? A Bíblia, que é a Palavra de Deus, pinta o seguinte quadro:

Ora, as obras da carne são manifestas, as quais são: a prostituição, a impureza, a lascívia,a idolatria, a feitiçaria, as inimizades, as contendas, os ciúmes, as iras, as facções, as dissensões, os partidos,as invejas, as bebedices, as orgias, e coisas semelhantes a estas, contra as quais vos previno, como já antes vos preveni, que os que tais coisas praticam não herdarão o reino de Deus.” (Gálatas 5:19-21)

Gostaria de destacar duas coisas sobre esse texto de Paulo: a) todas as obras da carne que o Apóstolo Paulo menciona estão presentes no carnaval atual: todo tipo de pecado e obra da carne são mostrados como vitrines da alma daqueles que lá estão; b) Paulo diz, com toda a certeza, que “os que tais coisas praticam não herdarão o reino de Deus”.

Aqueles que estão no carnaval sob pretexto de diversão, estão na verdade buscando satisfazer os desejos de sua carnalidade, praticando aquilo que lhes traz prazer e alegria, sem se importar com a opinião de Deus. Caro leitor, é sábio tomar tal postura? É realmente algo inteligente desprezar os conselhos de Deus? Veja o que ele mesmo diz em sua palavra:

O que despreza a palavra traz sobre si a destruição; mas o que teme o mandamento será galardoado.” (Pv 13:13)

Devemos nos Envolver com o Carnaval?

A Bíblia diz que Deus nos comprou por meio do sangue de Cristo, a fim de criar um povo para ele, que se deleita nos seus estatutos e vive sua vontade em suma dedicação. Sendo parte desse povo, seria coerente participarmos de tal abominação?

Veja o que diz o texto de 1 Pedro 1:14-16:

Como filhos obedientes, não vos conformeis às concupiscências que antes tínheis na vossa ignorância; mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em todo o vosso procedimento; porquanto está escrito: Sereis santos, porque eu sou santo."

Pedro usa a palavra grega hagios, que significa ‘santo’ em um sentido de pureza, total separação da sujeira, limpo. Assim sendo, um Cristão, servo de Jesus Cristo e que ama ao seu Senhor, deve buscar a santidade acima de tudo, prezando por sua pureza espiritual. Jesus ensinou que embora estejamos no mundo, não fazemos parte dele (Jo 17:16), então por que iríamos nos misturar com a imundície dele?

Paulo escreve aos Romanos dizendo:

E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” (Rm 12:2)

Existem dois pontos bastante interessantes nesse versículo: a) a conformidade com o mundo; e b) a transformação da mente.

a) A palavra grega traduzida como “conformeis” é suschematizo, que tem sentido de tomar forma, tomar um padrão. Assim como a água, ao ser despejada em uma vasilha toma a forma dessa vasilha. O Cristão, por outro lado, não deve ‘tomar a forma” do mundo, enquadrando-se em seu padrão de comportamento, sentimento e desejos. Devemos manter o padrão de Cristo Jesus em nossa vida – Rm 8:29; 1Pe 2:21; 1Jo 2:6;

b) A mente é totalmente transformada. Esse é o significado da palavra grega utilizada aqui por Paulo: metamorphoo. Existe um conceito chamado de metanoia, isto é, mudança de mente, de comportamento. Alguém que experimentou o poder de Deus e foi transformado pelo Evangelho, já não tem mais o desejo de viver na carne, mas sim no espírito, pois “todos que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus” (Rm 8:14).

‘Santas Objeções’

Surpreendentemente, alguns ditos cristãos, tentam ‘argumentar’ a favor de sua participação no carnaval. Para tal, lançam mão de algumas justificações completamente fora de sentido. Vejamos algumas:

► Não vou cometer pecados, vou apenas participar de forma que não comprometa minha santidade e que me possibilite uma diversão sadia

Não existe diversão sadia no carnaval. Afirmar que alguém pode ir se divertir de forma sadia no carnaval é o mesmo que dizer que uma pessoa ode ir até uma sorveteria, mas que não pretende tomar sorvetes. Ora, se não quer sorvetes, porque ir até a sorveteria? Da mesma forma, como alguém pode buscar uma coisa no carnaval que ele não oferece? Se não quer pecar, então não vá ao carnaval – Sl 1:1-4; Pv 13:20; Ef 4:2.

► Quero apenas alegria e diversão, sem pecado ou briga

Se alguém quer alegria, estará buscando-a no lugar errado caso recorra ao carnaval. A alegria do Cristão procede de Deus. A alegria do Senhor é a nossa força (Nm 8:10), o reino de Deus é paz e alegria no Espírito Santo (Rm 14:17); por isso, diz a Bíblia com firmeza:

Os discípulos, porém, estavam cheios de alegria e do Espírito Santo.” (At 13:52)

A alegria fornecida pelo carnaval, além de ser passageira, não passa de uma ilusão, assim como uma pessoa que contempla sua beleza em um espelho e, quando se vai, logo se esquece de como era. Por outro lado, a alegria cristã é eterna, procede do próprio Cristo e nos da força para vivermos sempre e não só alguns poucos dias durante umas poucas horas – Sl 4:7; Jo 4:14.

► Não vou participar do carnaval, vou apenas ver os desfiles e as fantasias

O salmista diz claramente “Não porei diante dos meus olhos coisa má” (Sl 101:3), isto é, não contaminarei minha vida com as coisas perversas. Jesus nos ensinou a medir nossa vida baseado naquilo que vemos (Mt 6:22,23); como poderíamos então assistir coisas malignas? Satanás conhece bem os apetites carnais do ser humano, os olhos que se põe frente à coisas más são uma porta de entrada para nossa vida. Cabe lembrar o sábio conselho do Apóstolo Paulo: “não deis lugar ao diabo” (Ef 4:27).

Integridade Cristã e a Vida com Deus

Não é mistério o fato de que Deus nos preparou as mais grandiosas recompensas no céu. Os Cristãos são frequentemente taxados de fanáticos, ignorante e etc, sempre que se recusam a participar da ‘festa da carne’. São cerca de quatro dias de alegria e um ano inteiro de sofrimento, que muitas vezes, dura o resto da vida.

O apóstolo Paulo, sabendo que o ser humano tem desejos pecaminosos, exortou os romanos (povo da mesma cidade na qual mais tarde surgiria essa festa) que permanecessem íntegros na fé:

E isso fazei, conhecendo o tempo, que já é hora de despertardes do sono; porque a nossa salvação está agora mais perto de nós do que quando nos tornamos crentes. A noite é passada, e o dia é chegado; dispamo-nos, pois, das obras das trevas, e vistamo-nos das armas da luz. Andemos honestamente, como de dia: não em glutonarias e bebedeiras, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e inveja. Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo; e não tenhais cuidado da carne em suas concupiscências.” (Rm 13:11-14)

A noite vem, o noivo vem; como estamos nos preparando? O escritor ao hebreus nos ensina que devemos seguir a santidade “sem a qual, ninguém verá ao Senhor” (Hb 12:14). Devemos, como bons servos de Cristo, procurando agradar-lhe, nos afastar de toda espécie de mal (1Ts 5:22) e nos achegarmos mais a Deus (Tg 4:8), esqueçamos as coisa do velho homem, pois tudo se fez novo, somos novas criaturas (2Co 5:17), somos criados em Cristo para boas obras (Ef 2:10), não para praticarmos as obras da carne como antes, mas sim para produzirmos os frutos do Espírito e agradarmos a Deus em tudo.

► Perguntas para Reflexão:

1. Você acha que estaria agradando a Deus se estivesse em um lugar que ele não aprova?
2. Você dá mais valor às coisas superficiais e passageiras como a alegria carnavalesca, ou às coisas profundas e eternas, como sua vida cristã?
3. Deus ama aos seus filhos e busca alertá-los de todo perigo. Você considera sábio seguir os conselhos de Deus?
4. Você conhece alguém que perdeu a vida no carnaval? Como essa pessoa poderia ter evitado isso?
5. Você acha que as pessoas que se divertem no carnaval estão felizes realmente, ou apenas se divertindo momentaneamente? Por que? Se Deus tem o melhor para você, então porque você precisaria do carnaval? 

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■ Publicado originalmente em 3, de Março de 2014, por Rafael Nogueira.

 

O Natal é Bíblico?


"E voltaram os pastores, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes fora dito." (Lucas 2:20).

Longe de ser apenas um festa de aniversário, o Natal não comemora o simples nascimento de Cristo, como se completasse mais um ano de sua chegada no mundo. O Natal está envolto no nascimento do Salvador, não uma simples criança, mas sim o Salvador e Luz do mundo.

Em Lucas 2 é narrado o nascimento de Cristo. Nos versículo de 8 a 11 de Lucas 2, anjos aparecem a alguns pastores que dormiam guardando o rebanho em uma região próxima à Belém, trazendo a mensagem do nascimento de Jesus. Existem alguns versículos chave para entendermos a ligação do Natal com a Bíblia:

► "O anjo, porém, lhes disse: Não temais, porquanto vos trago novas de grande alegria que o será para todo o povo" (versículo 10)

O anjo diz que portava "novas de grande alegria que o será para todo o povo". Tal descrição aponta-nos o fato de que o nascimento do Salvador traria grande alegria "para todo o povo", o que obviamente inclui a todos nós. O Natal, como hoje é celebrado, remete-nos a alegria profetizada pelo anjo, de modo que nos alegramos sobremaneira pela vinda de nosso Salvador.

► "Então, de repente, apareceu junto ao anjo grande multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens de boa vontade." (versículos 13 e 14)

O céu, toda a milícia celestial, comemora o nascimento de Cristo louvando a Deus. Semelhantemente, o Natal é tempo de louvarmos a Deus porque "um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o governo estará sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz." (Is 9:6).

► "e, vendo-o, divulgaram a palavra que acerca do menino lhes fora dita; e todos os que a ouviram se admiravam do que os pastores lhes diziam." (versículos 17 e 18).

Aqui, depois de verem Jesus como o anjo lhes havia dito, os pastores divulgaram (pregaram, anunciaram) tudo o que ouviram acerca do menino. Talvez foram eles os primeiros a anunciarem as boas novas da Salvação, uma vez que João Batista ainda era um recém nascido nessa época. O Natal, é o momento de anunciarmos que o Salvador veio ao mundo, que ele nasceu para nos dar vida. É um momento especial para compartilharmos a mensagem do Evangelho.

► "E voltaram os pastores, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes fora dito." (versículo 20).

Aqui está o sentido Bíblico do Natal. Os pastores glorificavam a Deus pela vinda do Salvador, pelo nascimento do Filho de Deus. Tal alegria é expressa pelos anjos, pelos pastores e também pela estrela que guiou os reis do oriente até Jesus (Mt 2:9,10) que também causou alegria.

O Natal, portanto, longe de ser antibíblico, expressa nossa alegria pelo nascimento de Jesus Cristo, não um aniversário, mas um celebração em honra à vinda do Salvador, Luz para os perdidos e Senhor do Céu e da terra.

É o Natal uma Festa Pagã?

Muitos têm afirmado isso do Natal embasados em supostos fatos que tornaria o Natal uma festa pagã e antibíblica. Entretanto, será que estas questões invalidam o Natal diante da Palavra de Deus? Nesta oportunidade, gostaria de responder à alguns argumentos lançados por eles na tentativa de cruzar o Natal Cristão com o paganismo.

► Argumento 1: O Natal tem Paralelos com o Paganismo

A introdução de uma celebração ou cultura na igreja não é novidade. Naquele tempo (ano 300 depois de Cristo), o recém convertido imperador Romano Constantino, a fim de aproximar os pagãos do Cristianismo, substituiu a festa do solstício de inverno (em honra ao nascimento do deus-sol, o qual nada tem a ver com Ninrode mencionado em Gn 10:8) pela celebração do nascimento de Cristo. Sua intenção era banir o culto ao deus-sol, substituindo-o pelo culto ao Deus Verdadeiro que acabara de conhecer.

A festa era celebrada no dia 25 de Dezembro, que foi tomado por data simbólica do nascimento de Jesus. Jesus nasceu nesse dia? Obviamente não. Estudiosos dizem ser isto impossível, pois na época de dezembro era muito frio em Israel e portanto, impossível que os pastores estivessem  no campo à noite, como descrito em Lucas 2:8. Fazendo uso das condições climáticas descritas no texto e a época do censo romano mencionado em Lucas 2:1, é possível chegar à conclusão de que Jesus tenha nascido entre os meses de Setembro e Outubro, porém a data certa é desconhecida.

A data do nascimento é relevante? Acredito que não. Nascendo no dia 24 ou qualquer outro dos 365 dias do ano, isso não muda o fato de que o Salvador nasceu. Essa data foi escolhida com o objetivo de acabar com as festas idólatras e cumpriu bem esse papel. Alguns acham isso negativo, mas posso mostrar que é altamente usado. Não fazemos isso a todo tempo? Veja quando evangelizamos um jovem que curte Rap secular; não dizemos que existem Rap's Gospel? Não fazemos trocas de coisas seculares por coisas cristãs? Foi exatamente isso que Constantino fez, ele "converteu" uma festa pagã em uma festa cristã (tal como ocorre com as pessoas).

Argumento 2: Os Enfeites Natalinos são Pagãos

Muitos deles realmente vieram do paganismo, como as guirlandas e o pinheiro recheado de castanhas penduradas nas folhas. No entanto, paralelo é diferente de "cruzamento", isto é, envolvimento. Toda a doutrina Cristã têm paralelo no paganismo. Certo deus egípcio fez milagres, morreu crucificado e ressuscitou; isso te lembra algo? O fato de existir isso no paganismo torna o Cristianismo pagão? As lendas babilônicas tem seu próprio Noé, podemos então dizer que o Noé bíblico é pagão? Efetivamente que não.

Algo ainda mais perturbador é a Cruz. O apóstolo Paulo faz uso da palavra cruz como um símbolo da Fé, da Redenção e da Salvação em várias passagens da bíblia: 1Co 1:17,18; Gl 5:11, 6:12; Ef 2:16; Fp 3:18; Cl 1:20. Talvez o verso mais claro seja Gálatas 6:14, que diz:

"Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo."

Seria muito espanto descobrirmos que a cruz é um instrumento pagão? Esse fato é tão escandaloso para alguns, que determinada religião ensina que Cristo não morreu em uma cruz justamente por ser ela um símbolo proveniente do paganismo. Porém, obviamente a cruz é o maior símbolo do cristianismo sendo usado assim até pelo próprio Apóstolo Paulo. Assim sendo, qual o problema dos símbolos?

Símbolo só tem valor quando este é atribuído à ele, isto é, nenhum Cristão, por mais que lhe falta conhecimento bíblico, ergue uma árvore de Natal em sua casa com o intuito de adorar um deus pagão, muito menos ascende luzes ou enfeita sua casa com algum desígnio espiritual. É cultura (tipicamente ocidental) os enfeites natalinos, porém, apenas como enfeites temáticos, eles nada tem a ver com o lado espiritual. Não podemos definir certo ou errado usando o paganismo como base, pois a Palavra de Deus é que é a base para definir verdades. Paulo oportunamente diz: "pois todas as coisas criadas por Deus são boas, e nada deve ser rejeitado se é recebido com ações de graças; porque pela palavra de Deus e pela oração são santificadas." (1Tm 4:4,5).

Argumento 3: Jesus não nos Pede para Comemorarmos seu Nascimento

Isso é fato verdadeiro, as duas únicas ordenanças de Cristo para nós são o Batismo (Mt 28:19) e a Ceia (Lc 22:19). Porém, o fato de Cristo não nos ter pedido para celebrarmos seu nascimento torna o Natal contrário à vontade de Deus?

Todos nós celebramos congressos de louvor e adoração, aniversário de algum grupo ou da Igreja e também fazemos encontros com variados temas: família, oração, etc. No entanto, nada disso foi ordenado por Jesus. Ele não nos pede para fazermos tais celebrações, então porque as fazemos? Obviamente, podemos louvar e adorar a Deus por mais um ano de lutas e vitórias de uma congregação, ou adorá-lo por seus grandes feitos em congressos; isso é possível porque a Bíblia diz: "Portanto, quer comais quer bebais, ou façais, qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus." (1Co 10:31).

As Escrituras nada falam sobre o assunto de forma direta. Cristo não pediu para comemorarmos seu nascimento, mas também não nos proibiu fazer tal coisa. Fazemos porque cremos e celebramos para glória de Deus, demonstrando nossa alegria pela vinda do Salvador ao mundo.

E o Papai Noel?

O sr. Noel é um personagem baseado em São Nicolau (canonizado pela Igreja Católica), que parece ser bastante aclamado pelo comércio. Sua origem é duvidosa, assim como todas as histórias que se têm sobre a origem dos símbolos natalinos. Uns dizem que é algo herdado do paganismo, porém, não existe uma comprovação histórica desse fato.

Entendo que os Cristãos não devem utilizá-lo por se tratar primeiramente de uma mentira, e também pelo importante fato de que ele é o principal vilão do natal, o principal responsável por roubar a glória de Cristo nessa época. Deve portanto ser rejeitado de nossas comemorações, a fim de que a centralidade do Natal permaneça em Jesus Cristo.

Conclusão

O Natal é um tempo de celebrarmos a vinda de Jesus, o Filho de Deus, ao mundo para salvar-nos de nossos pecados. Seu nascimento é uma ocasião de júbilo e adoração, de intenso agradecimento pela Salvação que nos foi oferecida por Ele mediante sua morte e ressurreição.

Muitos têm tentado, até de forma sincera, argumentar que o Natal não é uma festa Cristã. Porém, entendo que em uma festa onde somente Cristo é exaltado e glorificado, não há lugar para outro deus, pois sabemos o mesmo que Paulo afirma em 1 Coríntios 8:5,6 "Pois, ainda que haja também alguns que se chamem deuses, quer no céu quer na terra (como há muitos deuses e muitos senhores), todavia para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual existem todas as coisas, e por ele nós também".

Sabendo disso, podemos então glorificar a Deus pela vinda do Salvador ao mundo, para nos resgatar das trevas e nos transportar para o reino do seu amor. 

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■ Publicado originalmente em 23, de Dezembro de 2013, por Rafael Nogueira.

 

O Que a Bíblia Diz Sobre o "Reteté"?


A grande maioria das Igrejas brasileiras declaram-se "pentecostais", o que quer dizer que creem na contemporaneidade dos dons do Espírito Santo. Na maioria dos cultos pentecostais, vemos manifestações do Espírito Santo onde as pessoas aparentemente perdem o controle de si mesmas. Pulam, sapateiam, dançam, giram, etc. Esses atos são denominados "reteté". Entretanto, isso é genuinamente Bíblico? A Bíblia fala sobre esse fenômeno?

A Bíblia Fala Sobre o Tal "Reteté"?

Embora tenhamos alguns pequenos lapsos nas Escrituras (como em Atos 2:13), o reteté não é descrito de forma clara em momento algum na Bíblia. Todas as vezes que as Escrituras falam sobre o batismo no Espírito Santo (Atos capítulos 4,10 e 19) não são descritas as características do "reteté", mas apenas a manifestação dos dons são mencionadas. Dessa forma, não podemos dizer que o "reteté" é um fenômeno genuinamente Bíblico.

Entretanto, a ausência de evidência não é evidência de ausência, ou seja, o fato de a Bíblia não mencionar e descrever o "reteté", não o torna algo errado ou mesmo satânico como argumentam os críticos. Esse é um ponto de vista radical, pra não dizer preconceituoso. O reteté, assim como qualquer outra coisa de nosso viver, deve ser analisado junto às Escrituras e não necessariamente a partir delas, pois se assim fosse, muito do que fazemos hoje seria considerado errado e "satânico" já que muito do que fazemos não é "Bíblico". Por isso, vamos analisar o reteté à luz do que dizem as Escrituras.

O "Reteté" à Luz da Bíblia

Podemos começar com alguns pontos básicos, principalmente aqueles que são atacados pelos críticos: os erros. A genuína doutrina pentecostal não diz nada sobre o reteté, é um costume das igrejas esse tipo de manifestação. Portanto, não podemos acusar o pentecostalismo nessa área, já que nem todas as igrejas pentecostais têm o reteté. Analisemos alguns pontos em que os críticos questionam:

► A Origem do Reteté Não é o Espírito de Deus

A Bíblia deixa bem claro que a obra do Espírito são os dons (1Co 12:7-11), com um objetivo bastante claro: "para o proveito comum" (v. 7). Não existe proveito comum no reteté, nem mesmo sentido espiritual. Dizer que o reteté é obra do Espírito Santo, isto é, dizer que Deus é quem faz o reteté acontecer é algo totalmente anti bíblico.

Obviamente, dizer que é uma obra do diabo também carece de provas. A Escritura também não fala sobre isso. Aliás, dizem que o reteté é uma obra de satanás porque não existe base Bíblica para isso, entretanto, também não existe base Bíblica para afirmar que é algo satânico; então como chegaram a essa conclusão? Só se for pela opinião pessoal deles, que aliás, não tem base bíblica.

A Bíblia não fala sobre o reteté; se é Deus quem opera ou se é o diabo. Entretanto, devemos analisar dois pontos fundamentais: (1) aqueles que praticam o reteté estão cheios do Espírito Santo e (2) todos são cristãos. Negar esses pontos gera uma discussão bem maior. Como alguns críticos duvidam do primeiro ponto, vou me concentrar no segundo.

Todos creem em Jesus Cristo como Salvador, muitos deles (não posso dizer todos) têm uma vida consagrada a Deus e se apartam do mal. Respeitam a Bíblia e fazem verdadeiramente a obra de Deus. Então, obviamente, o texto de 1 João 5:18 se aplica a eles: "Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive pecando; antes o guarda aquele que nasceu de Deus, e o Maligno não lhe toca". Assim sendo, como o reteté pode ser uma obra do diabo se esse texto Bíblico diz que o maligno não pode tocá-los? Aqui então, vemos que a melhor opção para explicar o reteté, é que ele é de origem humana, isto é, a própria pessoa estando cheia do Espírito, começa a sapatear, rodar, pular, etc. Essa opção não contradiz a Bíblia e nem cria problemas em relação a idoneidade do Evangelho, portanto, acredito ser a melhor para explicar a real origem do reteté.

O "Reteté" Causa Confusão no Culto

Muitos condenam o reteté baseados em 1Co 14:33 "porque Deus não é Deus de confusão, mas sim de paz". Argumentam que o reteté causa confusão no culto e que portanto, não é algo aprovado por Deus.

Esse argumento é errôneo. No contexto, Paulo estava argumentando que a maneira que os coríntios usavam os dons causava confusão no culto. Ora, senão poderíamos argumentar que, como os dons estavam causando confusão no culto, também não são aprovados por Deus - o que seria ilógico. Podemos então responder que a maneira que o reteté aparece na maioria das igrejas é que é errada, não o reteté em si.

Existe então uma maneira certa de se usar o reteté? Claro que sim. Quem pratica o reteté, diz que, no momento que são cheios do Espírito, sentem uma energia muito grande dentro de si, um fogo que parece queimar. Por isso, sentem vontade de se mexer de alguma forma. Assim, começam a pular, dançar, correr e alguns até gritam. Proibi-los de fazer isso seria como proibir alguém que está triste de chorar ou alguém que está alegre de sorrir. Estão demonstrando o que estão sentido.

Entretanto, assim os dons, devem ser contidos. A Bíblia diz de forma clara: "pois os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas" (1Co 14:32). Assim sendo, a pessoa pode perfeitamente se controlar. Devemos evitar confusão no culto, seja por qualquer motivo que for: dons, reteté, conversas paralelas, discussões, etc.

O "Reteté" Não Possui Ordem

Alguns críticos ainda apontam outro texto para condenar o reteté: "Mas faça-se tudo decentemente e com ordem" (1Co 14:40). Argumentam eles que, na manifestação do reteté, não existe ordem e nem decência como Paulo afirma que devem-se fazer as coisas.

O argumento está correto, entretanto, erra ao sugerir que a "ordem e decência" descritas no texto são objetivas. A palavra traduzida como decência no texto é euschemonos, que significa "de forma apropriada", corroborando com a palavra taxis (traduzida como ordem) que significa ordem, arranjo, disposição ordenada. Assim sendo, ordem aqui (bem como decência) pode significar "arranjo adequado", isto é, tudo deve ser feito de forma bem dividida, bem arranjada. Existem momentos no culto onde o reteté é permitido, outros não. É totalmente inadmissível qualquer manifestação do reteté no momento da Palavra. Entretanto, em dado momento do culto, é perfeitamente possível que as pessoas possam expressar-se pelo reteté. Para tudo há um momento, uma ordem, um arranjo para cada coisa.

O "Reteté" na Igreja Atual

Infelizmente, poucas são as igrejas que se preocupam em controlar as pessoas. Elas causam confusão no momento da Palavra, fazendo com que outras pessoas não possam ouvir a mensagem de Deus. Algumas até machucam outras pessoas com seus pulos, chutes ou tapas. Isso é inadmissível! A pessoa cheia do Espírito Santo está perfeitamente sóbria e consciente. Pedro sabia muito bem o que as pessoas estavam falando enquanto estava cheio do Espírito Santo (At 2:14,15). Infelizmente, muitos crentes são guiados por suas emoções e acabam entrando em êxtase, nisso, não tem participação o Espírito Santo. Não coloquem a culpa nEle! O Espírito jamais iria tomar uma pessoa para fazer do culto uma algazarra. Isso não tem suporte bíblico algum.

Por outro lado, algumas Igrejas são muito bem regradas quanto a isso. O reteté só é permitido em certos momentos do culto, próprios para isso. Todos ficam quietos e atentos no momento da pregação da Palavra. Dessa forma, estão em pleno acordo com a Bíblia. Todos são edificados e abençoados. O culto é organizado e bem arranjado. Exatamente de acordo com os princípios bíblicos.

Precisamos então, como bons servos de Deus, buscar fazer as coisas com decência e bem organizadas, arranjadas. A bagunça causada por alguns custou muitas críticas aos pentecostais. É bom lembrar que a doutrina pentecostal não aprova o reteté como vemos na maioria das igrejas. É portanto, responsabilidade dos líderes ensinar o povo sobre como e quando extravasar seus sentimentos sem prejudicar o culto e sem ferir a decência do povo de Deus.

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■ Publicado originalmente em 23, de Janeiro de 2014, por Rafael Nogueira.


 

Bebidas Alcoólicas: O que a Bíblia Diz?


Um assunto de suma importância no meio Cristão certamente é o envolvimento de Jovens com as bebidas alcoólicas. Estatísticas dizem que mais da metade dos jovens brasileiros já ingeriram bebidas alcoólicas, sendo que muitos deles - de idade entre 16 a 21 anos - já podem ser considerados alcoólatras.

Diante disso, surge a questão: os jovens Cristãos podem ingerir bebidas alcoólicas? Como lidar com isso? O que a Bíblia diz sobre essa prática?

O Álcool e a Bíblia

As Escrituras falam bastante sobre bebidas alcoólicas. Talvez o texto mais comentado e lido sobre o assunto seja a exortação de Paulo em Efésios 5:18: "E não vos embriagueis com vinho, no qual há devassidão, mas enchei-vos do Espírito".

O que faz de uma bebida algo chamado alcoólico é o processo de fermentação. As bebidas que passam por esse processo - contendo um alto teor de álcool - eram proibidas aos Sacerdotes (Lv 10:9) e aos Nazireus (Nm 6:3), no entanto, aparentemente eram permitidas ao povo em certas ocasiões (Dt 14:26), mas não deixam de serem condenadas: "também estes cambaleiam por causa do vinho, e com a bebida forte se desencaminham; até o sacerdote e o profeta cambaleiam por causa da bebida forte, estão tontos do vinho, desencaminham-se por causa da bebida forte; erram na visão, e tropeçam no juizo." (Is 28:7). Como resolver essa aparente contradição?

A palavra hebraico traduzida como vinho é yayin. Tal vinho pode ou não ser fermentado. Hoje temos a palavra suco para identificar os "vinhos" não fermentados, porém, naquela época (Antigo Testamento) não havia uma. No Novo Testamento temos a palavra grega oinos, traduzida como vinho, que semelhante à palavra hebraica yayin, pode ou não ser o o suco fermentado (alcoólico).

Dessa forma, somente o contexto pode nos informar se o tipo de oinos e yayin (vinho) que não poderiam ser consumidos. Geralmente, somente o vinho fermentado causa efeitos no sistema nervoso como a embriaguez, atordoamento, alterações de humor, consciência, etc. A partir desse conceito, podemos verificar que sempre que o vinho é proibido na Bíblia, refere-se à esses efeitos:

► "há devassidão" em Efésios 5:18
► "profano e imundo" em Levítico 10:9,10
► "embriaguez" em Habacuque 2:15
► "cambalear" em Isaías 28:7
► Efeitos no sistema nervoso em Provérbios 31:4,5
► "escarnecedor e alvoroçador" em Provérbios 20:1

Estes exemplos já nos dão uma base bastante sólida. Aparentemente a Bíblia permite o vinho e a bebida forte, mas também as condena. No entanto, à luz do fato de que não há palavras para diferenciar o "vinho" fermentado do não fermentado, podemos entender que o tipo de vinho que a Bíblia condena é o fermentado, e nos casos em que permite, refere-se ao suco natural da uva.

O Consumo Moderado

Alguns argumentam, baseados no fato de a Bíblia proibir "somente" a embriaguez, que bebidas alcoólicas sociais podem ser consumidas moderadamente - citando ainda 1Tm 3:3 "não dado ao vinho [...] mas moderado". Entretanto, esse tipo de pensamento não está correto por pelo menos duas razões:

1.  Embriagar-se é Resultado do Pecado

Um dos mandamentos da lei de Deus é "Não matarás" (Ex 20:13). Eu estaria certo se dissesse: "posso agredir e acertar uma pessoa com tiros de arma de fogo, desde que não a mate, então não estarei desobedecendo o mandamento"? Estaria correto?  De modo algum. Veja como Jesus interpreta os mandamentos na Nova Aliança: "Ouvistes que foi dito: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo que todo aquele que olhar para uma mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela." (Mt 5:27,28). Como fica claro à luz desse texto, o caminho que leva ao pecado é tão pecaminoso quanto o destino.

2.  O Álcool Altera o Estado de Consciência

O álcool, mesmo em pequenas quantidades, altera o estado natural da pessoa. Um simples copo de cerveja pode causar um acidente automobilístico. Essa alteração, mesmo que pequena, ocasionada pelo álcool no cérebro, torna-se uma porta aberta para que Satanás atue. A Bíblia recomenda: "não deis lugar ao Diabo" (Ef 4:27).

Um exemplo clássico na bíblia está em Provérbios 31:4,5. O texto diz que "não é dos reis beber vinho, nem dos príncipes desejar bebida forte". Perceba que o texto não fala de embriaguez, mas apenas de "beber".  Logo em seguida o texto mostra o efeito da bebida "e se esqueçam da lei, e pervertam o direito de quem anda aflito". Outro texto a se considerar no mesmo contexto é Oseias 4:11 "A incontinência, e o vinho, e o mosto tiram o entendimento.".

Mas e o texto de 1Tm 3:3 que diz "não dado ao vinho, não espancador, mas moderado"? Pode ser facilmente respondido. A moderação que se refere ao texto não diz respeito ao vinho, pois de outra forma, poderíamos "espancar" (sentido de contender, brigar) de forma moderada, o que obviamente é inaceitável e definido como obra da carne pelo mesmo Paulo (1Co 3:3). Moderação aqui tem sentido de integridade, sutileza, bondade, equidade.

Jesus Bebia Vinho?

Claro que sim! O texto mais claro está em Mateus 11:19: "Veio o Filho do homem, comendo e bebendo, e dizem: Eis aí um comilão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores.". Inclusive, Jesus transformou 7 talhas de água em vinho (Jo 2:6-9).

Porém, em momento algum o beber vinho de Cristo e seus discípulos são citados em paralelo com os efeitos do álcool (citados acima). Exceto na ocasião do Pentecostes: "E outros, zombando, diziam: Estão cheios de mosto." (At 2:13). Porém, nenhum dos discípulos havia ingerido bebida (At 2:15), mas estavam cheios do Espírito Santo.

E a ceia? O texto de Lucas 22:18 chama o vinho da ceia de "fruto da vide" (assim como em Mt 26:29; Mc 14:25), isto evidencia que o vinho usado naquela ocasião não era fermentado. Aliás, nem poderia ser. A ceia foi celebrada por Jesus nos dias da Páscoa, e a Lei proibia o uso de fermento em qualquer alimento nessa época (Êx 12:15, 13:7).

Assim sendo, não há motivos para crermos que Jesus ou seus discípulos ingeriam bebidas alcoólicas, isto é, o vinho fermentado.

Conclusão 

As bebidas alcoólicas têm destruído famílias e feito jovens escravos de suas garras já a muito tempo. À luz da Bíblia, o Jovem Cristão é aconselhado a manter-se longe de qualquer bebida alcoólica, não importando o lugar nem a ocasião. Caso alguém lhe ofereça algum tipo de bebida alcoólica, recuse com toda educação e peça uma bebida mais apropriada como um suco, refrigerante ou mesmo água.

Cabe a nós, luz do mundo (Jo Mt 5:14), agir em prol da salvação das almas. Combater as trevas e não nos contaminar com elas. Não devemos dar lugar ao diabo, nem nos "dar ao vinho", mas nos enchermos do Espírito Santo de Deus (Ef 5:18).

► Proposta de Estudo:

● Qual a diferença básica do vinho mencionado em Isaías 28:7 e o vinho mencionado por Paulo em 1Tm 5:23?
● O "vinho" mencionado por Paulo em Romanos 14:21 "Bom é não comer carne, nem beber vinho, nem fazer outra coisa em que teu irmão tropece." é o fermentado (alcoólico) ou não?  Ajuda: Leve em consideração o restante do texto (sobre tropeçar); porque os irmãos podem tropeçar por causa do vinho?

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■ Publicado originalmente em 09, de Janeiro de 2014, por Rafael Nogueira.

 

Como Assim "Separados do Mundo"?


Uma das realidades mais evidentes da Sagrada Escritura é a ordenança de sermos santos. O vocábulo grego hagios traduzido como “santo” em nossas bíblias, expressa um sentido de separação, consagração, dedicação exclusiva. Tal sentido, é expresso principalmente no texto de 1Pe 1:14-16, que diz:

Como filhos obedientes, não vos conformeis às concupiscências que antes tínheis na vossa ignorância; mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em todo o vosso procedimento; porquanto está escrito: Sereis santos, porque eu sou santo.”

Diante disso, surgem várias questões: como assim “separado”? em que eu tenho que ser diferente do mundo? Que tipo de separação devo viver?

O Sentido de Santidade

A Bíblia define santidade como sendo uma obra proveniente da graça de Deus (1Co 1:2, 6:11; Hb 2:11, 10:10) através da expressão “sendo santificados” ou “são santificados”. Deus nos santifica pelo sangue de Cristo e por meio de nossa fé nele (At 26:18). Essa santificação é proveniente de Deus.

Por outro lado, o homem deve, conforme exposto por Pedro em sua primeira carta (citado acima), buscar a santidade. Aqui, entende-se a santidade como um caminho que possui duas vias: o afastamento do pecado e a aproximação de Deus. Tal santidade tem relação com a ideia de pureza ou integridade moral, não com perfeição. A Bíblia sempre emprega verbos que sugerem progressão e continuação no processo de santificação – os textos falam em pessoas que “estão sendo santificadas” e semelhantes. Com tal base, analisemos as duas vertentes que Pedro sugere com “sede santos”:

1. Afastar-se do Pecado

Se afastar do pecado implica um prévio conhecimento do que é o pecado. Creio ser impossível se afastar de algo que não se conhece. Portanto, por meio da Palavra de Deus, podemos conhecer o que é certo ou não, e assim, nos afastar de toda espécie de mal (1Ts 5:21,22).

Afastar-se do mal envolve a graça de Deus que nos capacita a vencer as tentações livrando-nos do mal, como Cristo nos ensina a orar: “e não nos deixes entrar em tentação; mas livra-nos do mal” (Mt 6:13). Quando nos afastamos do pecado, estamos cumprindo a vontade de Deus, dedicando nossa vida a não fazer aquilo que desagrada ao Senhor, estamos nos consagrando ao Pai.

2. Achegar-se a Deus

Além de se afastar do pecado, devemos nos aproximar de Deus. Alguém pode questionar: ora, mas se eu me afastar do pecado, automaticamente não estarei me aproximando de Deus? É uma boa questão, mas pense o seguinte: suponhamos que uma pessoa está dentro de um buraco cheio de lama (o pecado), de repente, por meio da ajuda de alguém (graça de Deus) ela sai do buraco. Onde ela está? Na terra, certo? Porém, mesmo ela tendo saído do buraco, ainda resta um grande caminho até o céu. Esse caminho é o que devemos trilhar em nosso segundo passo.

Tiago escreve dizendo “Chegai-vos a Deus e ele se achegará a vós” (Tg 4:8). Quando nos achegamos a Deus, fazemo-nos participantes de sua glória e estaremos purificados de todo pecado pelo sangue de Cristo. O salmista declara “Por que mais vale um dia nos teus átrios do que em outra parte mil. Preferiria estar à porta da casa do meu Deus, a habitar nas tendas da perversidade” (Sl 84:10). Com tal dito, o salmista expressa seu desejo de estar próximo de Deus, como também nós precisamos desejar. Devemos buscar intimidade com Deus.

As Supostas “Diferenças” 

Muitos argumentam que os crentes devem ser “quadrados”, diferentes do mundo de forma exterior. Gostar de coisas diferentes, agir sempre de forma diferente e até andar de forma diferente. Tal atitude se assemelha muito à dos fariseus hipócritas que se preocupavam muito com a aparência (Mt 23:27,28). O que precisamos evitar é o pecado, aquilo que desagrada a Deus, não tudo aquilo que as pessoas fazem. Ora, se um ímpio compra determinado tipo de roupa eu não posso comprar porque sou “diferente”? Se eles falam de uma forma eu tenho que falar diferente? Se eles andam de um jeito, gostam de determinado tipo de música ou frequentam alguns lugares, tenho que me abster disso? Em nome de quê? É isso pecado? Se for, estaremos corretos em evitar; porém, do contrário, faríamos sacrifícios de tolo evitando coisas que não são pecaminosas em nome de uma falsa aparência.

Veja que Paulo quando diz que não devemos nos conformar com o mundo em Romanos 12:1, ele argumenta que devemos nos transformar pela renovação da nossa mente, não de nossa aparência. Devemos pois buscar a diferença em nosso coração, agindo de forma diferente quando uma situação favorece o pecado. Ternos ou bíblias debaixo do braço não nos torna diferentes diante de Deus. Devemos ser santos em nosso “procedimento” não em nossa aparência. Paulo fala sobre essas restrições criticando-as de forma bastante dura:

Se morrestes com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos sujeitais ainda a ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: não toques, não proves, não manuseies (as quais coisas todas hão de perecer pelo uso), segundo os preceitos e doutrinas dos homens? As quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria em culto voluntário, humildade fingida, e severidade para com o corpo, mas não têm valor algum no combate contra a satisfação da carne”  (Cl 2:20-23)

Santidade é a lei moral de Deus para que vivamos justamente e praticando aquilo que agradável ao Pai. Não precisamos de leis e restrições que aparentam ter grande valor, mas não passam de futilidades exteriores. Deus se importa mais com nosso coração (1Sm 6:7) e com nossas ações (Jo 13:17) do que com aquilo que demonstramos para os outros. Como diz o lema do Metodismo “Santidade ao Senhor” e não ‘aos homens’.

Conclusão

A santidade, como mandamento de Deus para o seu povo (1Pe 1:14-26), é fruto da obra redentora de Cristo, pela qual podemos (e somos capacitados a) nos afastar do pecado e nos aproximar de Deus. Devemos buscar uma vida íntegra junto à Deus e sua perfeita lei, não nos preocupando em sermos exteriormente diferentes no vestir, falar, andar, comer, etc, mas sim em rejeitar aquilo que é mal e louvar o que for bom. Existe muita diferença entre parecer diferente e fazer a diferença. Muitos pensam estar fazendo grande coisa tentando se mostrar diferente em tudo com o objetivo de parecer diferente, mas na verdade só atraem indiferença e/ou deboches; por outro lado, quando zelamos pelo que é bom e rejeitamos o mal, demonstramos que realmente somos separados para Deus, atraindo respeito e admiração muitas vezes, até mesmo, abrindo portas para a pregação da Palavra e do agir do Espírito Santo na vida das pessoas que nos observam.

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■ Publicado originalmente em 17, de Abril de 2014, por Rafael Nogueira.

 

Como Lidar com Meus Amigos não Cristãos?


Lívia é uma menina meiga e estudiosa do nono ano do ensino fundamental, adora ler e sair com as amigas para simples programas de fim de semana. Entretanto, em um destes fins de semana, resolveu aceitar o convite de sua amiga Flávia para visitar a Igreja do bairro. Lívia, impactada por Deus naquela ocasião, converteu-se e agora quer viver sua vida pautada pela Palavra de Deus. Entretanto, suas amigas de outrora continuam a chama-la para sair e se divertir como antes. E agora, o que Lívia deve fazer? Como ele deve se relacionar com suas amigas que não são cristãs?

A ilustração acima, embora seja fictícia, reflete uma realidade muito frequente em nossa vida, principalmente e especialmente na vida dos jovens que vêm para Cristo. Como proceder com as antigas amizades? Devo cortar os relacionamentos com os eles ou apenas mudar algumas coisas.

Amizades Preciosas, Relacionamentos Saudáveis

A Palavra de Deus contém preciosos ensinamentos sobre amizade, o destaque aqui vai para a amizade bem conhecida entre Davi e Jonatas narrada no primeiro livro do profeta Samuel. Em Atos 27:3 Paulo é citado encontrando-se com seus amigos. Relações de amizade também são citadas em 3João 1:15. Enfim, a Bíblia narra relações de amizade e até mais profundas que essas. Jesus, o próprio, diz em João 15:15 “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamei-vos amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos dei a conhecer”.

Amizades são coisas boas, criadas por Deus para completar o ser humano, o qual é, por natureza, um ser social. Estudiosos dizem que é impossível ao ser humano sentir-se realizado longe do seu semelhante; a amizade faz parte da interação social e do desenvolvimento de todas as pessoas.

Não obstante, amizades são boas e más; algumas acrescentam mais em sua vida, outras retiram. Podemos dizer, com uma certa razão, que todas as pessoas que se achegam a você inevitavelmente vão acrescentar algo em sua vida ou farão o contrário. Por este motivo, a Bíblia manda que fiquemos alertas com as pessoas que nos relacionamos, pois elas podem (e vão) influenciar nossa vida, nossos hábitos e nossas ações. Conforme as palavras de Paulo:

Não vos enganeis. As más companhias corrompem os bons costumes.” (1Co 15:33)

É preciso ser sábio, cauteloso para escolher as amizades que temos ou para mantê-las. A Bíblia não nos pede para deixar nossas antigas amizades em função da incredulidade deles, porque afinal, como diz Paulo:

com isso não me referia à comunicação em geral com os devassos deste mundo, ou com os avarentos, ou com os roubadores, ou com os idólatras; porque então vos seria necessário sair do mundo.” (1Co 5:10)

A questão principal é: quem são nossos amigos e como eles influenciam nossa vida? Uma resposta positiva a essa pergunta pode carimbar a excelência de uma grande amizade. Por outro lado, podemos nos espantar com a facilidade que satanás tem para derrubar pessoa por meio de suas “amizades”, sejam crentes ou não.

Devo Manter Minhas Antigas Amizades? Como Saber?

O processo de conversão transforma a pessoa em uma nova criatura (2Co 5:17), com uma nova forma de agir, sentir e pensar; literalmente um nova pessoa – uma vez que todo o seu ser é transformado pelo poder do Evangelho. Como servo de Deus, é preciso tomar cuidado e zelar pela preciosidade do seu coração, evitando se envolver com a sujeira espiritual disponível no mundo; isso inclui, fatalmente, amizades destrutivas. A Bíblia afirma de forma categórica:

Quem anda com os sábios será sábio; mas o companheiro dos tolos sofre aflição.” (Pv 13:20)

Quem são seus amigos? O que praticam? Como tratam sua nova vida: com deboches ou respeitam sua decisão de viver para Cristo? É interessante que muitos Cristãos insistem em manter amizades que mais prejudicam sua fé do que ajudam. Seus “amigos” lhe convidam para fazer algo de errado? Eles criticam sua Fé e tentam tirá-lo do caminho da salvação? É necessário ter cautela com esses “amigos”, certamente eles não estão querendo acrescentar algo em sua vida, mas sim o contrário.

Um jovem novo convertido, cheios de antigas amizades, têm em mãos um campo de trabalho próprio para disseminar o Evangelho. Por meio de seu testemunho e de sua pregação, os velhos amigos tem a chance de ouvirem o Evangelho e encontrar-se com Cristo. Entretanto, muitas vezes acaba ocorrendo o contrário; é necessário sabedoria para lidar com esses casos, onde temos que aguardar o tempo de Deus (Ec 3:1). As amizades verdadeiras são extremamente bem vindas, ajudam no crescimento pessoal e social de toda pessoa, e não deve ser desprezada – sendo ou não um servo de Cristo, um bom amigo está, por meio dessa amizade fiel e verdadeira, praticando e cultivando sentimentos e atitudes cristãs.

Conclusão

É extremamente importante refletirmos sobre nossas amizades. Elas podem nos ajudar ou nos prejudicar, adicionar ou subtrair, entretanto, inevitavelmente irá nos influenciar. Por isso, devemos nos basear na Palavra de Deus para julgarmos conforme a reta justiça (Jo 7:25) todas as nossas amizades, sejam elas de cristãos ou não, para provarmos se estamos tendo influências positivas ou negativas desses amigos. Porém, sempre temos que ter em mente que “há um amigo que é mais chegado do que um irmão.” (Pv 18:24) e não podemos desprezar amizades, mas julgá-las e considerar os melhores amigos.

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■ Publicado originalmente em 9, de Abril de 2014, por Rafael Nogueira.

 

O Espírito Santo é uma pessoa ou um poder?


A primeira vista pode parecer apenas uma questão teológica e complexa a ser debatia nas cadeiras de um seminário de teologia; no entanto, a questão entre a personalidade ou a utilidade do Espírito Santo é muito importante para nossa vida prática. De maneira geral, os jovens se interessam pouco por doutrinas e longos estudos sistemáticos da Escritura, porém, mostram-se bastante abertos há conhecer um pouco mais sobre o Espírito de Deus. Entendamos agora, qual a diferença prática entre o Espírito ser um ‘poder’ ou uma ‘pessoa’.

Poder ou Pessoa: O que isso Significa?

Por definição, ‘pessoa’ é um ser dotado de inteligência, vontade e sentimentos; alguém que é capaz de raciocinar, de querer e de ter emoções próprias. Em suma, um ser pessoal contém o que chamamos de ‘personalidade’. Por outro lado, ‘poder’ significa, em uma descrição bastante superficial, capacidade ou autoridade para fazer ou deixar de fazer algo. Isso significa que, se alguém tem o ‘poder de curar’, ele tem capacidade e autoridade para realizar uma cura.

A partir dessas definições, certamente você já percebeu que se trata de uma relação bem distinta. Pessoa e poder são completamente diferentes, sendo este último impessoal, neutro, comparável a um simples objeto ou uma ação involuntária. Alguém que tenha ‘personalidade’, isto é, que é uma pessoa, não  pode ser comparado a um objeto, muito menos a uma ação; antes, trata-se de um ser com identidade própria, com vontade e consciência.

Você deve estar se perguntando: “Tá bom, já entendi essa diferença, mas o que isso tem de prático?”. Bem, várias aplicações são possíveis para a vida prática através dessas definições, porém, nenhuma é mais importante do que a seguinte: como você se relaciona com o Espírito Santo? Se ele é um ‘poder’, então você deveria perguntar “Como posso ter mais do Espírito Santo?”. Do contrário, caso for ele uma pessoa, seu questionamento será um pouco diferente: “Como o Espírito Santo pode ter mais de mim?”. Afinal, de qual das duas formas você busca se relacionar com o Espírito Santo?

Ele é um Ser Pessoal, não um Poder

Talvez, não há verso na Bíblia mais claro sobre a personalidade do Espírito Santo do que as palavras de Jesus Cristo em João 16:13, que diz:

Quando vier, porém, aquele, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá o que tiver ouvido, e vos anunciará as coisas vindouras."

Imagine que você está lá, entre os discípulos, ouvindo essa frase de Jesus; o que você pensaria a respeito desse “Espírito da verdade”: que trata-se de um poder ou de uma pessoa? Bem, certamente concordaremos que nenhum tipo de ‘poder’ guia, fala, ouve ou anuncia alguma coisa, concorda? Somente um ser pessoal pode realizar tais coisas. Evidentemente, existem outros textos nas Escrituras que mostram o Espírito Santo falando (At 13:2), como se tivesse vontade própria (1Co 12:11), intercedendo (Rm 8:27) e como possuindo sentimentos (Rm 15:30; Ef 4:30), enfim, me faltaria espaço para discorrer sobre os textos que mostram sua evidente personalidade.

De qualquer forma, fica claro que o Espírito Santo não é um ‘poder’ impessoal que nos é dado para que usemos e abusemos, mas sim uma pessoa espiritual que deve ser respeitada, adorada e servida. Além disso, a Bíblia diz que o Espírito Santo tem poder (Lc 4:14; Rm 15:13,19), seria um absurdo que um ‘poder’ tivesse poder. Portanto, o Espírito de Deus é um ser pessoal, Todo-poderoso, cheio de Glória e Majestade e que procede do Pai, assim como Cristo, já que ocupa o lugar de “ajudador” [do grego parakletos], o substituto de Cristo na terra.

Eu Posso Ter mais Dele ou Ele Pode Ter mais de Mim?

A Bíblia nos mostra um ocorrido bastante interessante para que possamos analisar. Em Atos capítulo 8, conta-se a história de um homem chamado Simão, habitante de Samaria. Como vemos nos versículos de 9 a 11, ele era um mágico ou ilusionista que fazia muitas supostas maravilhas e o povo pasmava diante dele. Porém, quando Filipe (um dos Diáconos da Igreja) chegou à cidade pregando o Reino de Deus (verso 12), Simão creu na mensagem e até foi batizado (versículo 13) por Filipe, ficando admirado pelos prodígios que Filipe operava no meio do povo.

Em pouco tempo, os apóstolos souberam que Samaria recebeu a palavra e enviaram-lhes dois apóstolos, a saber, Pedro e João (verso 14). Quando eles chegaram a Samaria, oraram para que os que haviam se convertido recebessem também o Espírito. Simão, vendo isso, fez o que está narrado nos versos 18 e 19:

"Quando Simão viu que pela imposição das mãos dos apóstolos se dava o Espírito Santo, ofereceu-lhes dinheiro, dizendo: Dai-me também a mim esse poder, para que aquele sobre quem eu impuser as mãos, receba o Espírito Santo."

Pedro, com toda sua maestria apostólica, repreendeu a Simão duramente, de modo que até o próprio Simão se assustou com a loucura que havia proposto. Qual foi seu erro? Oferecer dinheiro em troca do Espírito Santo demonstrou algumas coisas sobre a pessoa de Simão:

1. Ele não sabia quem era o Espírito de Deus;
2. Ele desrespeitou o Espírito ao fazer uma oferta para ‘comprá-lo’;
3. Ele negligenciou a personalidade do Espírito Santo e tratou-o como um objeto.

Erros gravíssimos que poderiam ter lhe custado muito caro se não tivesse se arrependido do que fizera (versículo 24). E nós, como estamos buscando nos relacionar com o Espírito Santo? Estaríamos agindo como Simão?

“Ah Rafael, impossível! Jamais sequer passou pela minha mente a ideia de oferecer algo em troca do Espírito Santo como intuito de compra-lo” – alguém poderia dizer. Porém, será mesmo verdade isso?

Poder de Deus para Sua Vida

Certamente você já ouviu a frase “pagar o preço” relacionado a alguma coisa espiritual, certo? Esse preço pode ser alguns jejuns, uma busca mais profunda ou frequentes subidas ao monte para orar. Agora, qual a diferença entre isso e dinheiro? As duas formas não buscam oferecer um preço por pagamento? Deus não se preocupa com o tipo de ação que estamos praticando, mas sim com nossa intenção. Existem pessoas que vão todos os dias à Igreja, fazem horas de jejuns e longas orações, porém, têm apenas o objetivo de alcançar alguma bênção de Deus e não o próprio Deus.

Com o Espírito Santo não é diferente; muitos dizem busca-lo, mas na verdade, buscam apenas poder. Estamos buscando servir ao Espírito, amá-lo, adorá-lo, viver de modo a agradá-lo, ou estamos somente barganhando com ele? Naturalmente, o poder de Deus que emana do seu Espírito estará sobre aqueles que o amam e o buscam de coração, colocando-se a serviço dele. Temos que nos colocar à disposição do Espírito de Cristo, para recebermos o poder, não o contrário. Estamos buscando a face de Deus ou suas mãos? Queremos a presença de Deus ou o poder dele?

O Espírito Santo é uma pessoa espiritual, ele é o Consolador enviado por Cristo. Devemos busca-lo com nossas forças e, quando estivermos juntos a ele de forma sincera e pura, com o ardente desejo de servir a Deus e de entregar nossa vida no altar do nosso coração como uma oferta verdadeira a Deus, então o poder de Deus virá sobre nós e seremos capacitados a realizar a sua soberana vontade.

Quero que pense nisso: Como o Espírito Santo pode ter mais de você? Encontre a resposta e ponha em prática; certamente sua vida será transformada!

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■ Publicado originalmente em 26, de Fevereiro de 2014, por Rafael Nogueira.

 

O que era o "Espinho na Carne" de Paulo?


Em sua segunda carta aos Coríntios, o Apóstolo Paulo vinha defendendo seu apostolado e a veracidade de sua mensagem e da Palavra que carregava. Falsos mestres haviam se infiltrado na Igreja de Corinto e estavam questionando a autoridade de Paulo. No meio de sua argumentação, Paulo diz:

"E, para que me não exaltasse demais pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de que eu não me exalte demais" (2Co 12:7) 

Tal frase têm confundido os estudiosos, mas também têm servido de consolo e de inspiração para vários Cristãos de todos os tempos. Podemos, à luz do texto, saber o que realmente era esse "espinho na carne" a que Paulo se refere? Porque isso lhe foi dado? O que podemos aprender com isso? É o que trataremos nesse estudo. Que Deus abençoe!

O que era o "Espinho na Carne"? 

Os Judeus sempre entenderam a palavra "espinho" como algo ruim, que remete à dor, sofrimento, angústia, humilhação, aflição, etc. Porém, jamais interpretavam essa palavra com sentido de tentação para pecado. Baseando-se nesse pressuposto, os estudiosos têm fornecido algumas suposições para o que poderia ser o "espinho na carne" mencionado pelo Apóstolo:

Alguém que o Perseguia

Uma das suposições é que Paulo havia ganho um inimigo que o perseguia onde ia, infringindo dor e sofrimento à ele. Baseiam-se no fato de que Paulo disse: "um mensageiro de satanás para me esbofetear". Aplicam ainda que esse "mensageiro" poderia ser um conjunto de pessoas (os Judeus) que, de cidade em cidade, promoviam perseguições incessantes ao Apóstolo (At 20:23; 2Tm 3:11).

O problema com essa interpretação é que, nem no livro de Atos, nem em nenhuma outra carta o Apóstolo menciona um perseguidor específico (um mensageiro de satanás). Quanto às perseguições, elas não são exclusivas de Paulo, afinal, todos os Cristãos são perseguidos (Mt 5:10, 10:23; Lc 11:49; Jo 15:20; 2Ts 1:4). Esse tipo de "espinho" na carne, todos nós temos: "E na verdade todos os que querem viver piamente em Cristo Jesus padecerão perseguições." (2Tm 3:12).

Uma Ação Direta de Satanás

Com base no livro de Jó, alguns entendem que o "mensageiro de satanás" não é uma pessoa física, mas um espírito maligno que atormentava Paulo, porém, com ações limitadas (Jó 2:1). Essa pensamento também não procede muito, em função do fato de que a Bíblia garante que os espíritos maus não têm esse nível de influência na vida dos santos (1Jo 5:18). Outro fato a se considerar é que, dentro do contexto em que Paulo defende seu apostolado, seria algo estranho comprovar a veracidade de sua Palavra baseando-se no fato de que um espírito maligno o "esbofeteava".

Uma Doença Física

Essa suposição, particularmente, considero a melhor. Baseado no fato de o espinho estar "na carne" e não "no espírito" (se fosse o caso de um espírito maligno), é possível que o "espinho" (sofrimento) de Paulo seja uma doença física decorrente de sua idade ou sequela de algum atentado que sofreu (2Co 11:25,26).

Seus escritos em outras cartas fortalecem essa interpretação. Em Gálatas 4:13 Paulo escreve: "e vós sabeis que por causa de uma enfermidade da carne vos anunciei o evangelho a primeira vez". Essa enfermidade mencionada por ele, talvez seja uma deficiência na visão: "Porque vos dou testemunho de que, se possível fora, teríeis arrancado os vossos olhos, e mos teríeis dado." (Gl 4:15).

Essa interpretação também se encaixa no contexto. Paulo diz que o espinho lhe fora dado para que não se exaltasse por causa das revelações. Com uma deficiência física na visão, ele poderia entender que, mesmo com grandes revelações e vendo coisas impronunciáveis, contudo na carne, estava debilitado, fraco, e com uma capacidade abaixo do normal. O "mensageiro de satanás" desse contexto não seria literal, mas um pensamento mau que lhe informava a todo tempo de sua debilidade visual, acusando-o de fraqueza. Tal aflição, lhe era recompensada com a renovação a cada dia pela força de Deus, "por isso, de boa vontade antes me gloriarei nas minhas fraquezas, a fim de que repouse sobre mim o poder de Cristo." (2Co 12:9).

Para que Não se Exaltasse

Independente do significado real do "espinho na carne", Paulo nos informa que tal coisa lhe fora dada para que "não se exaltasse por causa da excelência das revelações". No contexto, é possível que os falsos mestres que se infiltraram em meio aos Coríntios se gloriavam de suas obras, de suas visões e de seus ensinos. Paulo os lembra de que, como aqueles falsos mestres, poderia se gloriar caso quisesse (2Co 11:18), pois tinha muitos mais obras do que eles (2Co 11:22-28). No entanto, sua glória não estava na carne (Gl 6:13:14), mas sim em suas fraquezas, "porque quando estou fraco, então é que sou forte." (2Co 12:10).

Paulo, diferentemente daqueles mestres, sabia que sua glória vinha de Deus e não do homem. Ele mesmo diz: "Aquele, porém, que se gloria, glorie-se no Senhor. Porque não é aprovado aquele que se recomenda a si mesmo, mas sim aquele a quem o Senhor recomenda." (2Co 10:18). Em função das excelentes revelações que recebia, o Apóstolo recebeu de Deus um "espinho" na sua carne para que não se exaltasse. Tal espinho, servia-lhe como um lembrete de suas debilidades e fraquezas, as fim de que ele sempre se voltasse para Deus e para a sua graça: "A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza." (2Co 12:9).

O que Podemos Aprender com esse Exemplo? 

É bastante oportuno que o "espinho na carne" permaneça sem uma interpretação única, a fim de que todos os Cristãos possam aplicá-lo à alguma perseguição, necessidade, doença, aflição ou algo semelhante que estejam sofrendo. A palavra inspiradora de Deus a Paulo "A minha graça te basta" deve lembra-nos de que Deus está no controle e mesmo que as tribulações permaneçam, que a cura não aconteça ou que nossas necessidades não sejam supridas, ainda temos a graça de Deus conosco, e isso nos basta.

Todos padecemos perseguições, muitas delas sem motivos justos (At 14:19), mas devemos nos revestir da força que vem do Senhor (Ef 1:19) porque "por muitas tribulações nos é necessário entrar no reino de Deus." (At 14:22). Não devemos nos esquecer que "a fraqueza de Deus é mais forte que os homens" (1Co 1:25) e que nós, sendo fracos, somos fortificados em Cristo, nosso Senhor (2Co 12:10).

► Notas de Aplicação pessoal:
- Devemos nos alegrar nas tribulações (leia Romanos 5:3-5);
- Devemos humildemente, reconhecer nossas fraquezas (leia 2 Coríntios 12:5);
- Devemos nos contentar com a graça de Deus (leia 2 Coríntios 12:9);
- Devemos saber que, pela nossa fraqueza, o poder de Deus nos aperfeiçoa (leia 2 Coríntios 12:9,10).
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■ Publicado originalmente em 13, de Janeiro de 2014, por Rafael Nogueira.


Santidade: O Padrão de Deus para a Vida!



TEXTO BÁSICO
"mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus" (Isaías 59:2)

A palavra Santo (do grego hagios) significa separado, puro, limpo. É exatamente nesse sentido que Deus nos convida e nos exorta a sermos santos, como a Bíblia declara em 1Pedro 1:16 "Sereis santos, porque eu sou santo". No entanto, consideremos algumas atitudes que nos tornam santos:

Rejeição do Pecado

A primeira característica da santidade é a rejeição do pecado. Uma pessoa que busca a santidade não se envolve ou se contamina com o erro. A Bíblia afirma que "bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores" (Salmos 1:1).

Por toda a Bíblia vemos exemplos de pessoas que buscaram a santidade e rejeitaram o pecado. Daniel por exemplo, era um fervoroso servo do Senhor e tinha o desejo de ser santo. Quando ele foi deportado para a Babilônia, todo o tipo de pecado lhe foi oferecido, mas a Bíblia declara que "Daniel, porém, propôs no seu coração não se contaminar com a porção das iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia" (Daniel 1:8). Assim como Daniel, devemos rejeitar o pecado que nos seduz ao engano e à perdição. Devemos nos esforçar e agir de modo que o pecado não tenha domínio sobre nós.

Busca do Espírito Santo

A grande diferença entre a observância da Lei do Antigo Testamento e a do Novo Testamento, é que no Novo Testamento nós temos alguém que se envolve de maneira pessoal conosco e nos ajuda a evitar o pecado e sermos santos.

Buscar a presença do Espírito Santo na nossa vida pode fazer toda a diferença. Ele é chamado nas escrituras de consolador (João 14:16) e nós somos seu templo (1Coríntios 6:19). Ele nos ajuda a evitar o pecado e buscarmos a santidade, somos ainda exortados: "E não entristeçais o Espírito Santo de Deus" (Efésios 4:30).

Busca de Intimidade com Deus

Somente nos afastar do pecado não nos torna santos. A santidade consiste em rejeitar o pecado e se aproximar de Deus. Tiago escreve: "Chegai-vos para Deus, e ele se chegará para vós. Limpai as mãos, pecadores; e, vós de espírito vacilante, purificai os corações." (Tiago 4:8). Devemos limpar nossas mãos do engano do pecado e purificar nossos corações pela graça de Deus, tornando-nos assim santos, lavados pelo poderoso sangue de Jesus.

Deus quer se aproximar de nós, separando-nos do mundo enganoso, do sofrimento, do erro, do pecado e da morte, e quer nos levar à caminhos de paz e felicidade.

O Pecado só Destrói, Enquanto a Santidade Constrói

Uma das especialidades do pecado é destruir.  O pecado causa desordem, tristeza, dor, sofrimento, e Paulo afirma que "o salário do pecado é a morte" (Romanos 6:23a).

Todos os homens estavam em uma condição pecaminosa e perdida. Porém, Deus providenciou uma maneira de nos libertar do poder do pecado enviando seu único Filho Jesus Cristo para morrer em nosso lugar. Paulo afirma que o salário (resultado, consequência) do pecado é a morte, porém, ele prossegue: "mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor." (Romanos 6:23b).

A santidade, ao contrário do pecado, constrói. Ela edifica uma vida de felicidade e amor de Deus e nos leva a conhecer a Deus profundamente; como Moisés, face a face. A santidade é o que nos prepara para a santificação final, a transformação de que Paulo fala em 1 Coríntios 15:51-54. A Bíblia ainda nos exorta: "Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor" (Hebreus 12:14). Portanto, devemos assumir este compromisso de forma real, não cumprindo-o parcialmente, só nos fins de semana quando vamos à Igreja, mas diariamente.

O apóstolo Pedro nos exorta de forma amorosa: "Como filhos obedientes, não vos conformeis às concupiscências que antes tínheis na vossa ignorância; mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em todo o vosso procedimento" (1Pe 1:14-15). Sejamos, portanto, santos em todo o nosso procedimento para que abundemos em toda boa obra e em toda sabedoria no Espírito Santo!

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■ Publicado originalmente em 25, de Junho de 2012, por Rafael Nogueira.

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